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Déficit das contas externas mais do que dobra no 1º bimestre, diz BC; entenda o que isso significa

Déficit das contas externas do Brasil alcança US$ 17,31 bilhões em janeiro e fevereiro. Apesar do aumento nos investimentos estrangeiros diretos, os recursos não foram suficientes para equilibrar o rombo.

Déficit nas contas externas brasileiras quase dobrou no primeiro bimestre de 2025, segundo o Banco Central (BC). O déficit atingiu US$ 17,31 bilhões, comparado a US$ 8,31 bilhões no mesmo período de 2024.

Transações correntes, indicador chave do setor externo, incluem:

  • Balança comercial: comércio de produtos entre Brasil e exterior;
  • Serviços: gastos de brasileiros no exterior;
  • Rendas: remessas de lucros e dividendos para fora.

Um déficit significa que o Brasil importou mais do que recebeu. O BC afirma que o rombo está atrelado ao crescimento econômico, que gera maior demanda por produtos e serviços no exterior.

A balança comercial teve desempenho negativo, com superávit de apenas R$ 340 milhões, bem abaixo dos US$ 9,95 bilhões do ano anterior. Em 2024, o déficit em conta corrente foi de aprox. US$ 60 bilhões.

Nos investimentos estrangeiros diretos, houve leve aumento, com US$ 15,8 bilhões em 2025, contra US$ 14,4 bilhões em 2024. Contudo, este valor não foi suficiente para cobrir o déficit de US$ 17,3 bilhões.

O Brasil precisa de outros recursos financeiros para compensar a diferença, a qual foi modesta. Em 2024, os investimentos estrangeiros diretos totalizaram US$ 71,1 bilhões. Para 2025, o BC projeta US$ 70 bilhões nesse segmento.

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