Déficit em transações externas mostra estabilidade no acumulado em 12 meses de março, abril e maio, diz BC
Déficit das transações externas se estabiliza entre 3,22% e 3,26% do PIB nos últimos meses. O Banco Central reporta que a movimentação reflete a sólida posição externa do país, apesar da desaceleração da atividade econômica.
Estabilidade no Déficit das Transações Externas
Após elevações desde o ano passado, o débito nas transações externas permanece estável entre 3,22% e 3,26% do PIB de março a maio de 2023.
Informações do Banco Central (BC) indicam que, após pico de US$ 70,3 bilhões em fevereiro, o déficit foi de US$ 68,9 bilhões em março, US$ 69 bilhões em abril e US$ 69,4 bilhões em maio.
Fernando Rocha, do BC, afirma que o déficit é financiado por investimentos diretos no país, refletindo uma posição externa sólida.
O déficit maior está ligado à demanda por bens e serviços externos, associada à atividade econômica. Contudo, alguns indicadores mostram desaceleração no setor externo:
- Exportações estão estáveis em níveis elevados;
- Importações cresceram 8,4% no ano, mas apenas 3,5% em maio;
- Remessas de lucros caíram de US$ 27,7 bilhões para US$ 26,6 bilhões entre 2024 e 2025.
Na conta de serviços, Rocha aponta estabilidade em maio, exceto na linha de serviços culturais, devido a novas regulamentações sobre apostas esportivas.
Os transportes mostraram redução nas despesas, enquanto despesas com serviços de propriedade intelectual e telecomunicações aumentaram.
Por fim, o Investimento Direto no País (IDP) foi de US$ 3,7 bilhões em maio, um dos mais baixos da série histórica, totalizando US$ 30,9 bilhões no acumulado do ano.