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Déficit nas contas externas do Brasil dobra no 1º bi e é o maior desde 2015

Déficit nas contas externas do Brasil alcança US$ 17,3 bilhões em janeiro e fevereiro, mais que o dobro do registrado no mesmo período do ano anterior. A balança comercial encolheu, enquanto os investimentos diretos não foram suficientes para cobrir o rombo nas transações correntes.

Déficit nas contas externas do Brasil mais que dobrou no primeiro bimestre de 2025, alcançando US$ 17,3 bilhões, o maior resultado negativo desde 2015.

Em comparação, o déficit em 2024 foi de US$ 8,3 bilhões. O aumento de US$ 9 bilhões é atribuído à redução da balança comercial devido ao aumento das importações.

No primeiro bimestre, houve um superávit de US$ 340 milhões na balança comercial, comparecendo a US$ 9,95 bilhões em 2024.

Os investimentos diretos no Brasil somaram US$ 15,8 bilhões no acumulado de janeiro e fevereiro, insuficientes para cobrir o déficit.

O déficit anualizou US$ 70,2 bilhões, correspondente a 3,28% do PIB, um aumento significativo em relação a 2024, quando foi de US$ 23,9 bilhões (1,07% do PIB).

A entrada de investimentos diretos nos últimos 12 meses atingiu US$ 72,5 bilhões, com um aumento de 12,2% em relação a 2024.

Fernando Rocha, do BC, aponta que o déficit está crescendo mais rapidamente que os fluxos de investimentos, sugerindo uma potencial mudança na tendência.

A fuga de dólares pela via financeira foi de US$ 10,3 bilhões no bimestre, comparado a US$ 7,1 bilhões em 2024.

O aumento no investimento de empresas brasileiras no exterior foi de US$ 3,1 bilhões, contribuindo para essa variação.

A regulamentação das apostas online ajudou a reduzir o déficit na conta de serviços, que caiu de US$ 284 milhões para US$ 31 milhões em um ano.

As transferências de apostas internacionais foram redirecionadas para transações domésticas, reduzindo significativamente as despesas com transferências para o exterior.

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