Deflação e mais risco nos EUA deveriam impulsionar o Ibovespa. Por que o índice caiu?
Mercado financeiro reage de forma negativa a deflação abaixo do esperado e interferências externas. Ibovespa fecha em queda, refletindo cautela sobre cortes na Selic e incertezas no cenário econômico.
Resumo do Cenário Econômico - 26 de Agosto
O cenário econômico desta terça-feira (26) trouxe resultados inesperados no Brasil. Apesar de uma deflação mensal de 0,14% - a primeira em dois anos -, o Ibovespa recuou 0,18%, fechando a sessão em 137.771 pontos.
Aspectos principais:
- Na semana, o Ibovespa acumula queda de 0,14%.
- No mês de agosto, alta de 3,53%.
- Desde o início do ano, avanço de 14,54%.
O IPCA-15 de agosto apresentou uma queda menor do que o esperado, indicando uma desaceleração irregular da inflação. Especialistas previam deflação de 0,2%, enquanto o resultado foi de 0,14%.
José Áureo Viana, da Blue3 Investimentos, destaca a necessidade de cautela em relação à trajetória de juros no Brasil, apesar de possíveis cortes mais à frente.
Adicionalmente, o efeito dos bônus de Itaipu na conta de luz contribuiu para a deflação, mas seu impacto foi menor do que o esperado.
O giro financeiro do Ibovespa foi de R$ 16 bilhões, dentro da média dos últimos 12 meses.
O petróleo sofreu correções, impactando negativamente tanto o real quanto a bolsa. O dólar comercial subiu 0,34%, alcançando R$ 5,43.
A alta do dólar na semana é de 0,15%, mas no mês de agosto, registra queda de quase 3%.
Em suma, o cenário atual reflete uma evolução lenta da renda variável local, fazendo com que investidores reavaliem suas apostas para cortes na Selic.