Demissões? Aumento de preços? Empresas dos EUA encaram impasses após o tarifaço de Trump

Barry Barr, fundador da Kavu True Outdoor Wear, implementou diversas medidas de contenção de custos para manter sua empresa funcionando durante a guerra comercial de Donald Trump. Ele congelou gastos, proibiu viagens para clientes e adiou decisões drásticas à espera de clareza nas tarifas.

Na última semana, Barr foi confrontado com novas tarifas pesadas que entrariam em vigor. Trump assinou uma ordem executiva aumentando as tarifas sobre a Índia para 50% e ameaçou tarifas de 100% sobre semicondutores. Barr precisou considerar aumentos de preços e possíveis demissões para a Kavu.

O cenário é semelhante para muitas empresas no país, que também enfrentam incertezas. Algumas, como QVC Group e Allbirds, já discutem estratégias para lidar com custos crescentes e aumento de preços em teleconferências. A inflação pode ser uma consequência, considerando que mais empresas repassarem os aumentos aos consumidores.

Com a instabilidade das tarifas, muitas empresas hesitaram em contratar ou demitir, mas essa situação pode mudar agora que as tarifas se tornaram mais previsíveis. O Federal Reserve está de olho na inflação e no mercado de trabalho, enquanto a pressão tarifária histórica demanda que as empresas reajam.

Barr admitiu a impossibilidade de absorver todas as tarifas e começou a planejar aumentos de preços. Produtos de sua linha, como moletons e camisas, sofrerão reajustes significativos. Apesar do cenário desafiador, ele mantém esperança de que a Kavu sobreviva, buscando estabilidade e ajustando suas operações.

Determinado, Barr afirmou: “Vamos lutar muito para sobreviver”.