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Demitir presidente do Fed não reduzirá juros, diz analista

Relatório indica que a substituição de Jerome Powell, presidente do Fed, pode não trazer os efeitos desejados na política de juros, mesmo se Trump conseguir realizar a demissão. A possibilidade levanta discussões sobre a independência do Federal Reserve e suas repercussões nos mercados financeiros.

Possível demissão de Jerome Powell, presidente do Fed, gera especulação. A análise foi apresentada em um relatório da Capital Economics, nesta 3ª feira (22.abr.2025).

Paul Ashworth, economista-chefe, indicou que a substituição de Powell por nomes como Kevin Hassett ou Kevin Warsh poderia minimizar os danos no mercado. Contudo, a estrutura de votação no FOMC pode limitar a nova influência sobre a política de juros.

O relatório alerta que, mesmo com a substituição, a política de juros poderá não ser afetada conforme desejado. Ashworth explicou que Warsh enfrentaria um FOMC hostil, dificultando a redução das taxas.

Donald Trump tem criticado Powell, chamando-o de “grande perdedor” e “Sr. Tarde Demais”. Ele gostaria de ver uma redução rápida das taxas para apoiar a economia, especialmente após reações negativas nos mercados às políticas tarifárias.

A possibilidade de demissão de Powell, cujo mandato vai até maio de 2026, levanta preocupações sobre a independência do Fed e impactos nos mercados financeiros. Na 2ª feira (21.abr), as principais médias de Wall Street caíram mais de 2% diante das especulações.

Ashworth destaca que a remoção de Powell poderia dar início ao “desmantelamento da independência do Fed”. Para isso, Trump precisaria demitir mais 6 membros do Conselho do Fed, o que poderia gerar reações negativas ainda mais intensas do mercado.

O analista ressalta que, se Trump pretende reduzir as taxas de juros, demissões adicionais são necessárias, resultando em queda do dólar e aumento das taxas a longo prazo.

Com informações da Investing.

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