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Democracia faz 40 anos com resultado medíocre na economia

Brasil celebra 40 anos de democracia com reflexões sobre os desafios enfrentados e os avanços alcançados. Especialistas comentam o impacto da redemocratização na economia e na política do país.

Brasil completa 40 anos de democracia neste sábado (15.mar.2025) – o maior período contínuo da história com eleições diretas para diversas esferas.

A nova Constituição de 1988 substituiu a anterior de 1967, período marcado por uma ditadura militar de 21 anos (1964-1985). Ao longo de 40 anos, o PIB brasileiro foi superado pelo da China e da Índia.

O Brasil enfrentou uma alta inflação após 1985, que demandou 9 anos e vários planos econômicos para controle. José Sarney assumiu a presidência em 15 de março de 1985, enfrentando inflação de 22% ao mês e implementando o Plano Cruzado.

O sucessor, Fernando Collor, tomou posse em 1990 e enfrentou uma inflação de 82,4%. Seis planos econômicos foram tentados sem sucesso, até o Plano Real de 1994, que trouxe estabilidade. Fernando Henrique Cardoso tornou-se presidente após o sucesso do plano.

O economista André Lara Resende criticou a demora no controle da inflação e a falta de foco em outros problemas estruturais. A opinião de Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda, é de que a Constituição de 1988 favoreceu um Estado excessivamente econômico e causou aumento de custos.

Henrique Meirelles defendeu controle dos gastos públicos para permitir mais investimentos. A infraestrutura no Brasil melhorou, mas investimentos continuam a ser limitados.

A participação da indústria no PIB caiu de 48% em 1985 para 25% em 2024. A fatia brasileira nas exportações globais cresceu 12%, enquanto a da China disparou 920% no mesmo período, principalmente pela demanda por produtos do agronegócio.

A série especial do Poder360 aborda o tema dos 40 anos de democracia no Brasil, incluindo entrevistas exclusivas.

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