Democratas e republicanos questionam legalidade do ataque de Trump ao Irã
O ataque do presidente Trump ao Irã gera controvérsia sobre a legalidade da ação, com parlamentares exigindo uma resolução para limitar futuros ataques sem autorização do Congresso. A questão reacende debates sobre os limites do poder presidencial em ações militares.
A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de atacar o Irã gerou debate sobre a legalidade do ato.
Trump disparou bombas sobre instalações nucleares iranianas sem consultar o Congresso, levando a oposição a condenar a ofensiva como inconstitucional e motivo para impeachment.
Uma ala parlamentar tenta forçar a aprovação de uma resolução que poderia brecar futuros ataques sem aprovação do Congresso, mas enfrenta obstáculos diante da maioria republicana.
A legalidade da ação do presidente é questionada com base na Resolução dos Poderes de Guerra, que limita ataques militares a três circunstâncias:
- declaração de guerra;
- autorização específica do Congresso;
- emergência nacional.
Parlamentares destacam que não havia ameaça iminente aos EUA. O presidente da Câmara, Mike Johnson, afirma que o governo precisava agir.
O ataque contraria a posição de Trump de evitar guerras, gerando críticas de líderes à direita como Steve Bannon e Tucker Carlson.
O vice-presidente J. D. Vance e o secretário de Estado Marco Rubio tentaram minimizar a situação, afirmando que os EUA não estão em guerra com o Irã, embora Trump já tenha ameaçado novos ataques.
O deputado Warren Davidson expressou preocupação com a legalidade da operação, enquanto Thomas Massie criticou a falta de autorização do Congresso e apresentou uma resolução para impedir ações militares sem sua autorização.
Trump respondeu criticando Massie nas redes sociais e tentando destituí-lo.
O governo avisou líderes do Congresso antes do ataque, mas alguns democratas foram notificados apenas de forma lateral.
A deputada Alexandria Ocasio-Cortez afirmou que a decisão de Trump configura motivo claro para impeachment, enquanto o senador Tim Kaine pressionará por uma votação para impedir novas ações sem autorização.
Bernie Sanders, em um discurso, reforçou que é o Congresso que deve decidir sobre a guerra, gerando aplausos do público.