Demora em plano para exportador é reflexo de desorientação
Governo brasileiro enfrenta desafios para implementar medidas de socorro após tarifas de Trump. Setores afetados aguardam definições enquanto divergências internas atrasam respostas efetivas.
Donald Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros vendidos aos Estados Unidos, deixando o governo brasileiro em choque.
A medida trouxe desorientação inicial e resultou em uma demora para o governo anunciar ações concretas para mitigar seus efeitos sobre o setor produtivo e os empregos.
As ações devem focar em empresas afetadas, respeitando a fragilidade fiscal do país. É crucial que setores como produtos perecíveis, pequenas e médias empresas, além de exportadores, recebam atenção especial.
Na semana seguinte ao anúncio, o vice-presidente Geraldo Alckmin começou a se reunir com as partes afetadas, permitindo ao governo ter uma visão mais clara dos impactos.
A formalização das tarifas ocorreu na semana passada, com algumas exceções, mas o programa de socorro ainda aguarda decisões governamentais, gerando incertezas.
O Executivo espera a exclusão de produtos como café, carne e algumas frutas da lista tarifária, o que explica a falta de anúncios até o momento.
Divergências internas, principalmente entre a Casa Civil e Fazenda, complicam o processo, afetando os rumos da política econômica.
O modelo do programa de manutenção do emprego ainda não está definido. O governo não deseja repetir o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm) da pandemia, que permitia a redução de jornada e salário sem participação sindical.
As disputas internas não devem prejudicar um plano emergencial de socorro às empresas e empregos, que ainda enfrenta obstáculos e se encontra longe de um desfecho.