Denúncia contra Bolsonaro não tem provas e é baseada só em delação, diz Vilardi, responsável pela defesa de Bolsonaro
Advogado de Bolsonaro argumenta que denúncia da PGR se baseia em conjecturas e não em provas concretas. Primeira Turma do STF analisa caso que pode resultar em uma ação penal e possíveis penas severas para os acusados.
Celso Vilardi, advogado de Jair Bolsonaro (PL), afirmou que não existem provas de que o ex-presidente liderou uma tentativa de golpe de Estado. Durante a sessão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), ele contestou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que se baseia na delação de Mauro Cid e em declarações públicas de Bolsonaro.
Além de Bolsonaro, também são acusados:
- Walter Braga Netto
- Augusto Heleno
- Paulo Sérgio Nogueira
- Anderson Torres
- Alexandre Ramagem
- Almir Garnier
- Mauro Cid
Todos enfrentam acusações de:
- Organização criminosa armada
- Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- Golpe de Estado
- Dano contra o patrimônio da União
- Deterioração de patrimônio tombado
Vilardi destacou a gravidade dos eventos de 8 de janeiro, mas defendeu que não se pode responsabilizar Bolsonaro como líder de uma organização criminosa, alegando que ele não participou das ações daquele dia. Ele criticou a PGR, dizendo que a denúncia contém apenas "conjecturas" e que a delação de Mauro Cid não foi corretamente corroborada.
A Primeira Turma é composta por cinco ministros: Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. O julgamento começou pela manhã, com sessões também programadas para a tarde e o dia seguinte. Se a denúncia for aceita, uma ação penal será aberta, iniciando a fase de coleta de provas e depoimentos.
Se condenado, Bolsonaro pode enfrentar mais de 40 anos de prisão. Ele está presente no STF e chegou acompanhado do assessor Fabio Wajngarten.