Depois dos EUA, União Europeia levantará sanções contra Síria
A suspensão das sanções visa amenizar a pobreza e promover a estabilidade econômica na Síria. No entanto, a UE manterá restrições relacionadas ao antigo regime e violadores de direitos humanos.
A União Europeia anunciou a suspensão de sanções à economia da Síria, mantendo, no entanto, as direcionadas ao antigo regime de Bashar Assad.
A chefe de política externa da UE, Kaja Kallas, afirmou que a decisão visa evitar a pobreza e o radicalismo no país, após mais de uma década de guerra civil.
As sanções são condicionais e podem ser reativadas se o novo governo de Ahmad al-Sharaa não garantir a paz. Kallas declarou: “Salvar vidas deve ser nossa prioridade na Síria”.
Essa medida segue o encontro entre o presidente americano Donald Trump e Sharaa, onde foi anunciado o alívio das sanções por parte dos EUA.
O levantamento das sanções pode facilitar a entrada de investimentos na Síria, que necessita de centenas de bilhões de dólares para recuperar sua infraestrutura devastada.
Com a destituição de Assad no final do ano passado, a guerra civil chegou ao fim, mas as condições atuais são alarmantes: 90% da população vive na pobreza e a eletricidade estatal está disponível apenas duas horas por dia.
Kallas expressou preocupações sobre conflitos sectários, mas enfatizou a necessidade de fortalecer a economia síria para estabelecer a paz. Ela comparou a situação à do Afeganistão, afirmando: “Não pode haver paz sem recuperação econômica”.
A UE planeja manter sanções relacionadas à segurança e introduzirá medidas restritivas adicionais contra violadores de direitos humanos e instabilidades na Síria. O anúncio levou a celebrações nas ruas do país.