Deputado bolsonarista diz que é autista e que não entendeu o que acontecia em motim
Deputado Marcos Pollon explica sua confusão durante ocupação da cadeira da presidência da Câmara. Ele afirma que sua condição de autista influenciou sua compreensão da situação e defende seu posicionamento ao lado de Marcel Van Hattem.
Deputado Marcos Pollon (PL-MS) declarou ser autista e afirmou não entender a situação durante uma sessão da Câmara, em que o presidente Hugo Motta (Republicanos-RS) tentava retomar sua cadeira.
Pollon está entre os 14 deputados bolsonaristas denunciados por Motta, que podem ter seus mandatos suspensos por até seis meses devido à ocupação das Mesas do plenário, interrompendo as votações.
A oposição condiciona a liberação da pauta à análise de um projeto de anistia para condenados pelos eventos de 8 de janeiro e ao impeachment do ministro Alexandre de Moraes do STF.
Na sessão de quarta-feira (06), Pollon e o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) foram os últimos a sair. Pollon esclareceu que não estava ciente do que acontecia e que Van Hattem estava lá para ajudá-lo.
O deputado explicou que dúvidas surgiram pois o combinado para a desocupação das cadeiras não foi respeitado. Ele disse: "Nós desceríamos antes que o presidente subisse".
Pollon se defendeu alegando que Van Hattem apenas o apoiava: "Marcel estava lá como uma pessoa para dar suporte para um autista".
Apesar da confusão, Pollon reconheceu que os congressistas decidiram permanecer no local até receber uma resposta positiva sobre a anistia. No dia seguinte (07), Van Hattem afirmou que ficou na mesa por não ter sido informado sobre um acordo concluído.