Deputados chamam julgamento do STF contra Bolsonaro de “tribunal de Nuremberg”
Parlamentares do PL criticam julgamento de Bolsonaro no STF, classificando-o como uma farsa e um ato de perseguição política. Enquanto isso, a oposição tenta obstruir votações na Câmara em resposta ao processo.
Deputados do PL criticam o julgamento de Jair Bolsonaro na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), comparando-o a um “circo” e ao “tribunal de Nuremberg”.
O julgamento iniciou na terça-feira, 25, e continua na quarta, 26. Parlamentares do PL se reuniram e expressaram sua indignação:
- Sóstenes Cavalcante (RJ): "O julgamento para mim é político".
- General Girão (PL-RN): "É um circo!".
A oposição reagiu com obstrução parcial na Câmara, mas com restrições ao plenário. Sóstenes optou por não estender a obstrução devido à ausência do presidente da Casa.
Um grupo de deputados bolsonaristas acompanhou o julgamento no STF, considerando-o uma formalidade. Sanderson, que foi barrado, disse: “Aquilo ali é um tribunal de Nuremberg. Não precisa (nem julgar)”.
Os deputados que tentaram entrar foram inicialmente barrados, mas a entrada foi liberada. Coronel Meira (PL-PE) expressou revolta ao sair mais cedo.
Do lado petista, o clima foi de comedimento, com parlamentares acompanhando o julgamento de forma silenciosa.
Bia Kicis (PL-DF) descreveu o dia como "sombrio". Paulo Bilynskyj (PL-SP) falou em "perseguição" a Bolsonaro.
Bolsonaro comparou seu julgamento a um jogo de futebol, afirmando que "o juiz apita contra antes mesmo de o jogo começar".
Os petistas defendem que todo o processo legal está sendo respeitado, destacando a importância de seguir o rito.
Guilherme Boulos (PSOL-SP) afirmou que “os golpistas vão começar a pagar pelos crimes” e que Bolsonaro poderá ser réu em breve.