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Deputados da Argentina validam decreto de Milei para novo acordo com FMI

O decreto de Milei foi aprovado pela Câmara em meio a tensões e desentendimentos. O novo acordo com o FMI visa estabilizar a economia, mas pode desencadear novos protestos populares.

O governo Milei obteve uma vitória significativa ao receber a validação da Câmara de Deputados da Argentina para seu decreto sobre um novo acordo com o FMI.

O decreto presidencial, que precisava de apoio das duas Casas do Congresso, foi aprovado por 129 votos a 108 e 6 abstenções. A votação ocorreu em meio a um clima de tensão, com manifestações do lado de fora do Congresso.

O presidente Javier Milei e o ministro da Economia, Luis "Toto" Caputo, negociam um novo montante de US$ 10 bilhões com o FMI, visando amortecer a dívida do Tesouro com o Banco Central.

O acordo segue o modelo de facilidades estendidas e promete reformas estruturais em troca de assistência financeira. Há expectativa de crescimento econômico de 5,7% para a Argentina em 2023, segundo a OCDE.

Apesar dos sinais positivos, o consumo permanece em queda e há a previsão de um dado oficial sobre pobreza que pode reduzir a taxa atual de 52,9% para aproximadamente 38%.

Politicamente, Milei contorna o Legislativo com decretos e enfrenta resistência de uma oposição que, no entanto, não conseguiu barrar suas iniciativas. O crise do criptogate foi ignorado em comissões.

O acordo com o FMI é visto como potencial provocador de novas manifestações, dada a história de cortes orçamentários e protestos violentos associados ao Fundo na Argentina.

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