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Deputados que boicotam voto de mapa eleitoral no Texas podem ser multados em R$ 2 milhões

Deputados democratas do Texas enfrentam multas milionárias por deixarem o estado em protesto contra planos republicanos de redesenhar distritos eleitorais. A manobra visa impedir uma vantagem política para os republicanos, mas levanta questões sobre a eficácia das penalizações.

Deputados estaduais democratas do Texas enfrentam multas de quase US$ 400 mil (cerca de R$ 2,2 milhões) por deixarem o estado para barrar o redesenho dos distritos eleitorais, que beneficiaria os republicanos.

Em minoria, os deputados impediram o quórum para votação, mesmo diante de ameaças de destituição e prisão. A cada dia de ausência, os deputados são multados em US$ 500 (cerca de R$ 2.700). No momento, 57 democratas estão fora, resultando em uma penalidade diária de cerca de R$ 156.750.

As multas podem chegar a R$ 2 milhões se a atual sessão legislativa, que termina em 19 de agosto, continuar sem quórum. Se sessões extraordinárias forem convocadas até 8 de dezembro, as multas podem ultrapassar R$ 17 milhões.

Os deputados, no entanto, afirmam que não se deixarão intimidar, consideram as multas uma ameaça vazia e duvidam da eficácia da cobrança.

Andrew Cates, advogado especializado, ressaltou que a multa é apenas uma regra interna e pode enfrentar dificuldades legais para serem aplicadas. Abbott, o governador, tem opções limitadas para forçar o retorno dos deputados.

Organizações apoiam os democratas financeiramente, mas não podem usar recursos de campanha para pagar as multas. O governador ameaçou classificar qualquer doação para esse fim como suborno.

No contexto, a "fuga" dos democratas não só gera riscos financeiros, mas também atrasa a votação de outras medidas, como o socorro às vítimas de enchentes no Texas. A tensão política aumenta; o presidente da Câmara, Dustin Burrows, advertiu sobre as consequências da ausência dos deputados.

A tentativa deles de barrar o plano do governador se mostrou eficaz por enquanto, ao impedir a votação do projeto que visa mudar o mapa eleitoral, apoiado por Donald Trump. O governo respondeu com dureza, prometendo prender os parlamentares ausentes.

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