Derrite: Brasil carece de política pública clara e efetiva para proteger fronteiras
Guilherme Derrite destaca a urgência de uma política pública eficiente para proteger as fronteiras do Brasil e combater o tráfico de drogas. Ele critica a atual PEC da Segurança Pública por não abordar as questões principais relacionadas ao crime organizado.
Secretário de Segurança Pública de SP critica falta de políticas contra tráfico de drogas
Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública de São Paulo, afirmou que o Brasil carece de uma política pública clara para proteger suas fronteiras e combater o tráfico internacional de drogas, questionando: “Qual é a política pública bem definida para proteger as nossas fronteiras?”
Sobre a PEC da Segurança Pública, em discussão no Congresso, ele destacou que há uma “janela de oportunidade” para legislar, mas criticou aspectos do texto que não atacam o cerne do problema.
Derrite defendeu o foco em “enfraquecer e asfixiar financeiramente o crime organizado” e ressaltou que o Brasil é o segundo maior consumidor de cocaína do mundo, enquanto o porto de Santos é o segundo maior exportador da droga.
Ele destacou a insuficiência do efetivo das polícias federais, com cerca de 26 mil homens no total, em comparação aos 111 mil homens e mulheres da polícia paulista. Segundo ele, é necessária uma rede colaborativa e integrada.
Derrite criticou a reincidência criminal e defendeu limitações no acesso à audiência de custódia, ponderando que a sociedade não aceita a liberação de sequestradores após essa audiência.
Por fim, sobre os repasses federais, ele considerou o valor destinado à segurança pública como “irrisório”, afirmando que recebe apenas R$ 50 milhões de um orçamento total de R$ 33 bilhões.