Derrubada de decreto do IOF elevaria bloqueio em emendas parlamentares para R$ 9,8 bi, diz Gleisi
Gleisi Hoffmann alerta para consequências da derrubada do decreto do IOF, que pode aumentar congelamento de emendas parlamentares. A votação na Câmara está marcada para a próxima quarta-feira, com expectativa de rápida apreciação no Senado.
Ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que a derrubada do decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) resultaria em um congelamento de R$ 2,7 bilhões em emendas parlamentares neste ano, totalizando R$ 9,8 bilhões em contenção de despesas.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, programou a votação do projeto para esta quarta-feira, 25. Gleisi indicou que a anulação afetaria também a liberação das despesas no próximo ano, com uma perda prevista de R$ 7,1 bilhões em emendas.
O decreto, segundo a ministra, é um esforço do governo para dialogar com o Congresso Nacional e suavizar os impactos de uma medida anterior. Motta anunciou a votação às 23h35, surpreendendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que buscou Gleisi assim que soube da pauta, frustrando expectativas de que o assunto fosse tratado após o recesso parlamentar.
Se aprovado na Câmara, o Senado também votará o projeto ainda nesta quarta, com o presidente Davi Alcolumbre sinalizando uma votação rápida. A expectativa é de uma derrota para os governistas.
Gleisi passou o dia em diálogos com líderes para conter a oposição, reiterando que a derrubada do decreto prejudicaria as emendas e defendendo que o IOF atual é menor do que na gestão anterior.