Desaceleração da economia era “esperada”, diz Fazenda
A desaceleração do PIB brasileiro no segundo trimestre foi conforme as expectativas do governo, que revisará as projeções de crescimento para 2025. Apesar de desafios, a resiliência do mercado de trabalho e o consumo das famílias podem mitigar os impactos negativos.
Ministério da Fazenda, por meio da SPE (Secretaria de Política Econômica), afirmou que a desaceleração da economia brasileira no 2º trimestre de 2025 era “esperada”.
A previsão de crescimento do PIB deve ser revisada para abaixo de 2,5%.
No 2º trimestre, o crescimento foi de 0,4% em comparação a 1,3% no 1º trimestre, superando a mediana das expectativas (+0,3%).
Apenas agropecuária (-0,1%) apresentou queda, enquanto a indústria cresceu 0,5%, abaixo da meta prevista.
A SPE espera que o crescimento no 3º trimestre seja “pouco inferior” ao do 2º trimestre.
Embora a concessão de crédito tenha desacelerado, o mercado de trabalho permanece resiliente, com potencial para impulsionar a economia.
A taxa de investimento foi de 16,8% do PIB, mesmo patamar do ano anterior. A taxa de poupança também aumentou para 16,8%.
O setor de serviços teve alta de 0,6%, enquanto o consumo das famílias cresceu 0,5%. O consumo do governo recuou 0,6%.
O PIB anualizado ficou em superior a 3,0%, desacelerando de 3,5% para 3,2%.
O Brasil se mantém como a 10ª maior economia do mundo, com um PIB nominal de US$ 2,13 trilhões.
O resultado do 2º trimestre foi considerado positivo, com um possível crescimento real de 2,0% para 2025, caso ocorra crescimento nulo no restante do ano.