Desafio da política monetária no Brasil é conseguir o mesmo efeito com taxas menores, diz Galípolo
Galípolo destaca a importância de reformas estruturais para normalizar a política monetária. Ele observa que o Brasil precisa ajustar suas taxas de juros e estimular o crescimento econômico de forma mais eficiente.
Desafios Monetários no Brasil
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que o Brasil enfrenta o desafio de normalizar os canais de transmissão da política monetária. O país lida com taxas de juros relativamente altas, enquanto a economia continua a crescer.
Durante reunião na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Galípolo destacou a importância de reduzir as taxas de juros e obter o mesmo efeito de acomodação da atividade econômica. Ele acredita que isso exigirá várias reformas ao longo dos anos, uma vez que a questão é estrutural.
Galípolo enfatizou que sua mensagem não traz nova interpretação ao mercado e que a comunicação do BC tem sido harmoniosa. Ele descreveu a atual equipe do BC como "fantástica" e destacou o aumento da eficiência das transferências fiscais desde o fim da pandemia, que ajudaram a aquecer a economia.
Utilizando uma analogia sobre projeções de crescimento do PIB, Galípolo notou que as previsões estão sendo revisadas para cima, devido a políticas fiscais progressivas que beneficiam quem tem mais propensão a consumir. Ele apontou que algumas métricas de inflação, como a de serviços, estão cedendo gradativamente.
Ele ainda observou que com a inflação em queda e a Selic estável, o juro real subiu, levando a um aperto no cenário econômico. As projeções de política fiscal para 2023 não mudaram muito, porém, o PIB tem surpreendido positivamente.