Desaprovação de Lula chega a 57%, pior patamar do mandato, diz pesquisa Genial/Quaest
Desaprovação da gestão Lula atinge 57%, o maior índice desde o início do governo. Apesar da melhora na percepção da economia, a popularidade do presidente continua em queda, especialmente entre grupos chave.
Desaprovação do presidente Lula atinge o pior patamar desde o início do governo, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada em 4 de outubro.
57% dos brasileiros desaprovam sua gestão; 40% aprovam e 3% não sabem ou não responderam.
Essa é a terceira mês consecutivo que a desaprovação supera a aprovação, com uma diferença de 17 pontos percentuais.
Em relação a março, a reprovação subiu 1 ponto (56% para 57%), enquanto a aprovação caiu 1 ponto (41% para 40%).
No fim de abril, uma operação da Polícia Federal revelou desvios de R$ 6,3 bilhões de aposentados do INSS, afetando a gestão.
O governo planeja anunciar um cronograma de devoluções até o fim de outubro.
A pesquisa foi realizada entre 29 de maio e 1 de junho, com 2.004 brasileiros, margem de erro de 2 pontos percentuais e 95% de confiança.
Apesar de uma melhora na percepção da economia, a popularidade de Lula não reflete essa mudança.
- 56% em março acreditavam que a economia piorou; agora, 48%.
- A percepção sobre o custo de vida ainda é alta: 79% apontam aumento de alimentos.
- Cerca de 55% acham mais difícil conseguir emprego comparado ao ano passado.
- Expectativas para 12 meses: 45% esperam melhora; 30% piora.
No Nordeste, a aprovação melhorou, com 54% de aprovação. Contudo, caiu entre católicos, onde pela primeira vez a reprovação é maior.
No Sudeste, a reprovação é de 64%, e no Sul, de 59%.
- Mulheres: 42% de aprovação; 54% de desaprovação.
- Homens: 39% de aprovação; 59% de desaprovação.
- Idosos (60 anos ou mais): 52% de aprovação; 45% de desaprovação.
A faixa etária mais jovem (16-34 anos) tem 37% de aprovação e 60% de desaprovação.
Beneficiários do Bolsa Família têm 51% de aprovação; renda superior a 5 salários apresenta 38%.
Entre católicos, a aprovação é de 45% e entre evangélicos, de 30%.