Desaprovação de Lula cresce e chega a 56%, pior patamar do terceiro mandato, diz Genial/Quaest
A desaprovação do governo Lula atinge 56%, refletindo insatisfação crescente com a economia e a gestão do país. A pesquisa revela que a popularidade do presidente despencou, especialmente entre jovens e mulheres, com a violência sendo a principal preocupação dos brasileiros.
Desaprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atinge seu pior patamar desde o início do governo, com 56% dos brasileiros desaprovando sua gestão, segundo pesquisa Genial/Quaest.
Aprovação caiu para 41% e 3% não souberam ou não responderam. É o segundo mês consecutivo em que a desaprovação ultrapassa a aprovação, com essa diferença além da margem de erro.
Em comparação a janeiro, a reprovação aumentou 7 pontos percentuais (de 49% para 56%), enquanto a aprovação caiu 6 pontos (de 47% para 41%). A percepção de que o país está na direção errada subiu de 50% para 56%.
Sobre a economia, 56% dos entrevistados acreditam que piorou nos últimos 12 meses, e apenas 16% pensam que melhorou. Os fatores que contribuem para essa avaliação incluem:
- Aumento do desemprego (53%)
- Alta nos preços dos alimentos (88%)
- Combustíveis (70%)
- Contas de água e luz (65%)
Para tentar reverter essa situação, o governo implementou medidas como:
- Liberação do saldo retido do FGTS
- Novo consignado para trabalhadores CLT
- Mudanças no Minha Casa, Minha Vida
- Isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5.000, prevista para 2026
Na região Nordeste, a desaprovação atingiu 61%, enquanto a aprovação caiu para 35%. Outros dados revelam que:
- Desaprovação no Sudeste: 60%
- Desaprovação no Sul: 64%
- Entre as mulheres, desaprovação superou aprovação (53% a 43%)
- Entre jovens, desaprovação saltou para 64%
A violência é a principal preocupação dos brasileiros (29%), seguida pela economia (19%), saúde (12%), corrupção (10%) e educação (7%).
Mais da metade (53%) considera este o pior mandato de Lula, enquanto apenas 20% acreditam que está melhor. Este governo é visto como pior que o de Jair Bolsonaro por 43% dos entrevistados.
A pesquisa, realizada entre 27 e 31 de março com 2.004 brasileiros, apresenta um índice de confiança de 95% e margem de erro de 2 pontos percentuais.