Descoberta de petróleo pela BP no Brasil valoriza leilão da ANP e eventual proposta da Shell
Descoberta no campo Bumerangue pode reforçar a posição da BP no mercado global e atrair investimentos para leilão de blocos no Brasil. Especialistas veem a notícia como um indicativo da continuidade da exploração de petróleo de alta qualidade no pré-sal brasileiro.
Nova Descoberta da BP no Brasil é a maior da empresa em 25 anos e pode impactar leilões futuros de petróleo.
A British Petroleum (BP) anunciou a descoberta de um reservatório de petróleo de alta qualidade no campo Bumerangue, na Bacia de Santos, o que melhora sua posição no mercado. A especulação sobre uma possível compra pela Shell persiste, apesar do desmentido da empresa.
O analista Ilan Arbetman destaca que esta descoberta pode valorizar a BP e reafirmar seu foco no petróleo, mesmo com sua diversificação para energias renováveis. O reservatório, localizado a 500 metros de profundidade, apresenta uma coluna bruta de 500 metros de hidrocarbonetos.
O anúncio ocorre próximo ao 3º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha da Agência Nacional do Petróleo (ANP). O presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás Natural (IBP) considera a notícia positiva, indicando a prospectividade do pré-sal em áreas não tradicionais.
A BP opera atualmente quatro áreas e detém oito blocos em diversas bacias. O bloco Bumerangue foi adquirido em 2022 e opera sob regime de partilha com a União.
Evamar Santos, da PPSA, elogiou os resultados e destacou a importância de mais operadoras no pré-sal. O sucesso da BP pode aumentar a produção da União e trazer benefícios à sociedade brasileira.
A descoberta é ressaltada como um sinal de que o Brasil pode expandir sua produção de petróleo no futuro, aumentando assim a exportação.
Planeja-se que a BP eleve sua produção global para 2,3 a 2,5 milhões de barris por dia até 2030. O especialista Edmar Almeida projeta que, se o campo for gigante, pode ser decisivo para a BP, embora haja exemplos de campos com viabilidades questionáveis.
Jean Paul Prates, ex-presidente da Petrobras, aponta que desafios estruturais precisam ser superados para que o Brasil aproveite as novas descobertas, incluindo a necessidade de infraestrutura e regulação adequada.