'Descompasso' entre governo e BC dificulta controle da inflação e pressiona taxa de juros; entenda
Governo federal implementa medidas para impulsionar a economia, enquanto o Banco Central adota uma postura cautelosa para conter a inflação. Especialistas apontam descompasso entre políticas fiscal e monetária, o que dificulta o crescimento sustentável e pressiona a dívida pública.
Proximidade das eleições presidenciais em 2026 leva governo a acelerar ações para estimular a economia.
Medidas incluem:
- liberação de recursos do FGTS;
- novas regras para crédito consignado;
- ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, busca um crescimento do PIB acima de 3% durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O Banco Central aponta que a economia cresce acima do chamado "PIB potencial", levando a necessidade de desacelerar a atividade para controlar a inflação.
Descompasso entre:
- política fiscal;
- política creditícia;
- política monetária.
Dívida pública em março era de 75,9% do PIB (R$ 9,1 trilhões), aumentando com juros elevados.
Economistas destacam que a política fiscal expansionista atrapalha a contenção da inflação, mesmo com juros a 14,75% ao ano.
Fernando Haddad revelou que é possível terminar o mandato com crescimento do PIB de 2,5% neste ano, enquanto o mercado financeiro projeta 2% para 2025.
Medidas implementadas pelo governo incluem:
- PEC da Transição;
- Reajuste real do salário mínimo;
- pagamento de precatórios;
- reativação do Minha Casa Minha Vida;
- liberação do sacar-aniversário do FGTS;
- ampliação da faixa de isenção do IR.
O arcabouço fiscal foi aprovado, mas enfrenta desafios para conter os gastos. A dúvida persiste sobre a sustentabilidade das contas públicas sem cortes de gastos mais profundos.
O Banco Central reforça a importância de uma harmonia entre as políticas fiscal e monetária para controlar a inflação, observando um ciclo de crescimento e altas taxas de juros.