Desconto dos fundos imobiliários é o maior desde o governo Dilma

IFIX: Desconto Médio de 18%

O IFIX, índice dos fundos imobiliários, apresenta um desconto médio de mais de 18% em relação ao valor patrimonial, o maior desde 2015-2016. Naquele período, o desconto chegou a 24%.

Em contraste, o cenário atual da economia é positivo. O PIB brasileiro cresceu 3,4% em 2024, enquanto em 2015 e 2016 contraiu 3,15% e 2,90%, respectivamente.

Os segmentos de shoppings e logística foram severamente impactados durante a crise de 2015-2016. Por exemplo:

• Queda de vendas de shoppings de 8% e 4,15%.
• Vacância do segmento logístico atingiu 21,8%.

No setor corporativo, 2016 foi o único ano com mais espaços desocupados do que ocupados em São Paulo, além do pico de 16% de desconto durante a pandemia.

Atualmente, o IFIX enfrenta desafios devido a inseguranças fiscais e um ciclo de alta da Selic, atualmente em 13,25%. Apesar disso:

• Shoppings de alto padrão reportaram crescimento de 3,3% nas vendas.
• Segmento logístico obteve a menor vacância da história, 8,17%.
• Setor corporativo teve o melhor ano de absorção líquida.

A presença de 70% a 80% de investidores individuais na negociação de fundos imobiliários leva a decisões emocionais, contrastando com a racionalidade dos investidores institucionais.

Após cinco meses de queda, o IFIX alcançou sua maior alta mensal em fevereiro de 2024. Um especialista aponta que o mercado reagiu a um exagero nas quedas.

A Selic em dois dígitos traz volatilidade e incertezas, com descontos em fundos de “papel” e “tijolo” de 12% e 21%, respectivamente. Os fundos de “papel” são considerados com desconto excessivo, dado o cenário de juros e inflação elevados.

Na alocação de ativos, especialistas recomendam focar em fundos de “papel” para aproveitar os descontos, além de fundos multiestratégia.