Desemprego atual com juro elevado desafia lógica
Apesar da alta dos juros, Brasil registra mínima histórica na taxa de desemprego. Especialistas buscam entender o fenômeno inusitado em um cenário de juros elevados e desaceleração econômica.
A economia brasileira desafia as expectativas racionais, com o mercado de trabalho apresentando uma taxa de desemprego histórica de 5,8% no trimestre até junho, apesar da Selic acima dos dois dígitos.
Desaceleração econômica esperada não se concretizou, enquanto o desemprego se manteve baixo. A taxa de desemprego caiu para 5,8%, mesmo com a taxa de juros real em 9,36% ao ano.
Faltam explicações consensuais entre os economistas. Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, destaca a dificuldade de justificar o dinamismo econômico com altas taxas de juros.
Considerações sobre o baixo desemprego incluem:
- Mudanças estruturais no mercado de trabalho.
- Resultados das reformas trabalhista e previdenciária.
- Efeitos de incentivos fiscais e transferências de renda.
- Valorização do salário mínimo.
A economista Andrea Damico menciona a defasagem temporal dos efeitos dos juros altos sobre o emprego. João Savignon destaca a criação de vagas no setor de serviços como fator positivo.
Mansueto Almeida reafirma a falta de respostas definitivas, ressaltando que o que ocorre é atípico. Apesar do aumento da Selic desde setembro, a queda do desemprego em abril, maio e junho surpreendeu a todos.