Design furtivo e conexão remota: veja como funciona narcosubmarino colombiano operado via Starlink
Marinha da Colômbia revela apreensão histórica de narcosubmarino autônomo no Caribe. O incidente destaca um avanço tecnológico no narcotráfico, com desafios crescentes para a vigilância naval global.
A Marinha da Colômbia anunciou a apreensão de um narcosubmarino não tripulado no mar do Caribe, na última quarta-feira.
A embarcação, capaz de transportar 1,5 tonelada de cocaína, foi locada perto de Santa Marta. No entanto, estava vazia, pois os traficantes realizavam testes operacionais.
Este modelo representa um marco tecnológico no tráfico marítimo, sendo o primeiro veículo detectado sem operador a bordo. O almirante Juan Ricardo Rozo destacou que isso reflete a migração para sistemas não tripulados mais sofisticados.
O narcosubmarino possui um design furtivo, camuflado como aeronaves militares stealth, o que reduz sua assinatura acústica, dificultando a detecção. Equipado com antenas Starlink, o veículo pode receber comandos e transmitir dados em tempo real, permitindo operação com um “capitão virtual”.
A apreensão foi considerada um ponto de inflexão no combate ao narcotráfico, sinalizando o início de uma corrida tecnológica do crime. Os narcotraficantes agora usam inteligência artificial e conexão via satélite para expandir seu alcance e minimizar riscos.
A apreensão foi vista como um alerta internacional, levando agências de segurança a repensar estratégias de vigilância naval. A legislação colombiana impõe penas de até 14 anos de prisão para atividades relacionadas a semissubmersíveis.