HOME FEEDBACK

Desigualdade de acesso a creches aumentou desde 2016, diz Todos pela Educação

Número de crianças atendidas em creches cresce, mas Brasil ainda está longe da meta de 50% para 2024. Disparidades regionais e sociais aumentam desigualdade no acesso à Educação Infantil.

Aumento nas Matrículas em Creches

O número de matrículas de crianças de 0 a 3 anos em creches cresceu desde 2016, mas ainda está longe da meta de 50% estabelecida pelo Plano Nacional de Educação (PNE) para 2024.

Segundo um levantamento da ONG Todos pela Educação, apenas 41,2% das crianças estão atendidas no Brasil. A disparidade de acesso entre famílias ricas e pobres é alarmante, com uma diferença de 29,4 pontos percentuais.

Em 2016, essa diferença era de 22 pontos percentuais. Atualmente, apenas 30,6% das crianças mais pobres têm acesso à Educação Infantil, enquanto entre as mais ricas o percentual é de 60%.

Adicionalmente, 19,7% das crianças de 0 a 3 anos estão fora da Educação Infantil, totalizando cerca de 2,28 milhões de crianças, principalmente devido a dificuldades de acesso.

No grupo de 0 a 1 ano, apenas 18,6% estão atendidas, com um quarto das crianças não frequentando por problemas de acesso. Entre 2 e 3 anos, a taxa de atendimento é de 62,4%.

No que diz respeito à pré-escola (4 e 5 anos), 94,6% das crianças são atendidas, uma leve melhora em relação a 2016 (91,3%), mas ainda 329 mil crianças estão fora da escola.

A gerente de Políticas Educacionais, Manoela Miranda, afirma que o ritmo atual é insuficiente e sem políticas estruturantes, muitas crianças continuarão sem acesso à Educação Infantil.

Desigualdades Regionais

As disparidades regionais são marcantes. O Norte e Nordeste apresentam os piores índices de acesso. Em 2024, São Paulo teve a maior taxa de atendimento em creches (56,8%), enquanto o Amapá teve a menor (9,7%).

Miranda conclui que a expansão do acesso à Educação Infantil com foco na equidade deve ser uma prioridade nacional.

Leia mais em valoreconomico