Desigualdade de renda volta a cair e renova menor nível da série histórica no Brasil
Desigualdade de renda no Brasil atinge menor índice desde 2012, conforme dados do IBGE. O indicador Gini caiu para 0,506 em 2024, refletindo melhorias no mercado de trabalho e na distribuição de renda.
Em 2024, a desigualdade de renda no Brasil, medida pelo índice de Gini, apresentou queda significativa, atingindo 0,506, o menor patamar desde 2012, conforme dados do IBGE. A redução foi de 2,3% em relação ao valor de 0,518 registrado nos anos anteriores.
O índice Gini varia de 0 (igualdade máxima) a 1 (desigualdade máxima). Um índice mais baixo indica menor disparidade de renda.
O analista do IBGE, Gustavo Geaquinto Fontes, declarou que, mesmo com a desigualdade, a distribuição de renda melhorou em 2024.
Outra métrica relevante é a razão entre os rendimentos dos 10% mais ricos e dos 40% mais pobres: em 2024, a relação foi de 13,4 vezes (R$ 8.034 versus R$ 601). Este é o menor valor da série, que tinha seu pico em 2018 com 17,1 vezes.
- O Gini máximo foi registrado em 2018: 0,545.
- Em 2024, o Gini dos rendimentos do trabalho foi 0,488, o segundo menor da série.
- A porcentagem da população beneficiada por programas sociais cresceu para 9,2% em 2024.
Principais dados regionais:
- Sul: menor Gini em 2024 (0,460).
- Nordeste: maior desigualdade (0,502), mas com queda.
- Distrito Federal: mais desigual (0,547).
- Santa Catarina: menor desigualdade (0,431), mas em ascensão.
O IBGE não comparou os dados brasileiros com outros países devido às diferenças metodológicas. A redução da desigualdade é uma bandeira do governo Lula (PT), que enfrenta desafios de popularidade devido à inflação.