Desigualdade deve ser combatida junto a processo de ajuste fiscal, diz Haddad
Haddad defende que o ajuste fiscal deve ser realizado de forma a preservar direitos sociais e combater as desigualdades. Ministro critica a atual estrutura tributária, onde os mais pobres arcam com o peso das contas públicas.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que o ajuste nas contas públicas deve ocorrer em conjunto com o combate às desigualdades sociais no Brasil.
Haddad afirmou que ajuste fiscal historicamente resulta em supressão de direitos, com os mais vulneráveis arcando com os custos. Ele questionou: "Quem vai pagar essa conta?"
Identificou que, geralmente, são os trabalhadores com salário mínimo, aposentados e servidores públicos que sofrem. Ele fez uma analogia: "Quando você fala em corrigir contas, precisa chamar quem realmente deveria contribuir."
Durante uma aula na USP, destacou que há R$ 800 bilhões em renúncias fiscais. Assim, o rico está presente no orçamento, enquanto o pobre aparece apenas na hora de pagar impostos.
Haddad afirmou: "Temos uma sociedade de ponta-cabeça." O resultado é que a base da pirâmide mantém o Estado, enquanto o topo não contribui adequadamente.