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Desperdício favorece inflação dos alimentos

O desperdício de alimentos no Brasil é uma questão crítica, com 27 milhões de toneladas perdidas anualmente. A superação desse desafio requer uma mobilização conjunta entre governo e sociedade para implementar soluções estruturais e sustentáveis.

A inflação dos alimentos é um desafio atual do governo Lula. Em vez de soluções paliativas, como a isenção de impostos sobre produtos importados, o governo deve abordar problemas estruturais crônicos, como o desperdício alimentar.

Segundo a FAO, 30% da produção global de alimentos é desperdiçada anualmente, totalizando 1,3 bilhão de toneladas.

O Brasil, um dos maiores produtores, perde cerca de 27 milhões de toneladas por ano, enquanto 14,7 milhões de brasileiros vivem em insegurança alimentar grave (dados da ONU/FAO-2024).

Embora existam iniciativas, a luta contra o desperdício requer mobilização nacional de diferentes esferas, incluindo governo, indústria e consumidores.

  • Na produção: perdas causadas por pragas e gestão inadequada.
  • No transporte: 50% se perdem por falta de refrigeração e condições das estradas.
  • No consumidor: até 60% de perdas por falta de planejamento.

A pesquisa da Instituto Escolhas em Belém destaca que produtores locais podem alimentar 1,7 milhão de pessoas, além de gerar empregos. A atual logística é ineficiente e desvaloriza a produção local.

Estudos mostram que a agricultura pode prosperar em áreas subutilizadas, desde que tenha apoio técnico e financeiro do governo.

Em São Paulo, 86,4% dos estabelecimentos agrícolas são pequenos e a agricultura familiar se destaca por sua eficiência durante a pandemia.

A agricultura orgânica e agroecológica apresenta vantagens em termos de sustentabilidade e redução de custos. Os pesquisadores sugerem políticas públicas para a agricultura urbana para melhorar a segurança alimentar e combater a crise climática.

A criação de empregos e o acesso a alimentos saudáveis são imprescindíveis, especialmente com a mudança dos hábitos alimentares da população brasileira.

Portanto, cabe ao governo federal liderar a criação de um pacto nacional para incluir a produção de alimentos na agenda pública, visando um desenvolvimento urbano sustentável.

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