Desta vez é diferente? Startups russas apostam no Brasil como hub de patinetes
Startups russas tentam reviver mercado de patinetes elétricos em meio a desafios de infraestrutura e regulação. Whoosh e Jet Patinetes buscam expandir operações no Brasil, destacando a demanda por transporte sustentável.
Patinetes elétricos voltam a ser relevantes em São Paulo com a chegada da Whoosh, uma startup russa. A empresa, que iniciou operações no Brasil em 2021, está se expandindo para atender a demanda crescente por transporte sustentável.
Recentemente, a Whoosh aumentou seus pontos de estacionamento de 88 para 150 na cidade, especialmente nas áreas nobres como Pinheiros e Vila Madalena.
A Whoosh não está sozinha; a Jet Patinetes, também russa, compete no mesmo mercado. Apesar do otimismo, a popularização dos patinetes enfrenta desafios como:
- Infraestrutura inadequada
- Medo de acidentes
- Necessidade de aprovações regulatórias
Francisco Forbes, sócio-investidor da Whoosh, destaca a dependência das prefeituras como um obstáculo. Em São Paulo, entre 15% e 20% do tempo dos cidadãos é perdido no trânsito, o que demonstra a importância de alternativas como os patinetes.
A frota da Whoosh atualmente é de 6.000 patinetes, com planos para aumentar essa quantidade significativamente. A empresa investiu mais de R$ 70 milhões no Brasil e opera sem subsídios.
Com um modelo de tarifa dinâmica, a Whoosh busca maximizar receitas enquanto oferece pacotes acessíveis para usuários. A segurança dos patinetes é garantida por monitoramento contínuo, e a empresa já registrou mais de 3,5 milhões de viagens no país.
Forbes acredita em parcerias estratégicas, como a integração com aplicativos de carona, para fortalecer o mercado de micromobilidade. Ele enfatiza a necessidade de criar uma cultura em torno dos patinetes, transformando-os em uma opção de transporte viável e não somente em diversões urbanas.