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Detentores de títulos da Azul buscam alternativas a plano feito pelo grupo

A Azul busca consenso entre credores de títulos de dívida após solicitar recuperação judicial nos EUA. Empresa tenta garantir maior recuperação para bondholders em meio a desafios financeiros e negociações com investidores.

Azul em negociações com credores detentores de títulos de dívida (bonds) emitidos no exterior, sem garantias, visando a reestruturação financeira após recorrer ao Chapter 11 na quarta-feira passada.

O plano inicial da Azul está alinhado com a maioria de seus credores, mas busca um consenso amplo devido à importância do mercado de dívida externo como fonte de recursos.

Uma nova audiência sobre as medidas solicitadas está marcada para o dia 9 de julho. Os detentores dos bonds entendem que receberão apenas 5% do valor de face de suas dívidas.

Estão na fila de pagamentos outros bonds com prioridade, resultando em negociações por um percentual de recuperação maior ou alongamento de créditos com garantias fornecidas pela empresa.

A Azul já comprometeu parte de suas garantias, incluindo um empréstimo debtor in possession (DIP) de US$ 1,6 bilhão, considerado crucial para a recuperação financeira.

Está sendo estudada a possibilidade de aumentar o montante do DIP ou do empréstimo de saída, previsto em US$ 950 milhões, com uma oferta de ações ao mercado para captar US$ 650 milhões de bondholders e potencialmente US$ 300 milhões de American Airlines e United Airlines.

Detentores de títulos com garantias têm expectativa de recuperar cerca de 30% do investido, enquanto a Azul tentava anteriormente evitar a recuperação judicial.

Um revés significante ocorreu após a oferta de ações em março, que vendeu apenas R$ 48 milhões de um total esperado de R$ 1,6 bilhão.

A Azul afirma que as negociações com credores e bondholders são anteriores à reestruturação e sempre foram devidamente informadas ao mercado, destacando o apoio dos credores no financiamento DIP.

Publicação: Broadcast+, 03/06/2025, às 16:40.

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