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Dia D do tarifaço: pacote de socorro mira crédito ao agro e compra governamental de pescado, fruta e mel

Governo brasileiro se prepara para enfrentar os impactos do tarifaço de Trump com medidas de apoio ao agronegócio, enquanto busca estabelecer um canal de diálogo sobre a exploração de minerais críticos. Planos emergem para uma linha de crédito e programas de compra de produtos afetados, visando minimizar os prejuízos.

Tarifaço dos EUA inicia hoje, após anúncio de Donald Trump de uma taxa de 50% sobre produtos brasileiros. A sobretaxa atinge 35,9% das exportações do Brasil, afetando setores-chave como carne, café e frutas.

O governo brasileiro vai focar em criar programas de socorro para os setores mais atingidos, especialmente o agronegócio. Entre as medidas, destaca-se:

  • Compra governamental de perecíveis não destinados aos EUA;
  • Aumento na exigência de produtos naturais em sucos e alimentos;
  • Uma nova linha de crédito via BNDES, com garantias entre R$ 1,5 bi e R$ 2 bi, potencializando até R$ 20 bi em empréstimos;
  • Programa temporário de redução de jornadas e salários.

No contexto, Lula planeja convidar Trump para a COP30, sem tratar do tarifaço, e reafirma que minerais raros do Brasil serão explorados de forma sustentável. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mencionou uma possível cooperação na área mineral nas negociações futuras.

Representantes do setor produtivo estão preocupados com os impactos das tarifas e aguardam as medidas de proteção do governo. O tarifaço não se aplica a produtos enviados antes da data e que chegarem até 5 de outubro.

Haddad afirmou que, apesar do impacto das tarifas, as medidas de socorro devem ser adequadas para suportar a situação. A equipe econômica vê este momento como o início de uma nova fase de negociações com os EUA, buscando melhores condições para os produtos atingidos.

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