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Diante da expansão de ETFs no Brasil, este gestor aponta limitações do produto

Alexandre Rezende, da Oceana Investimentos, alerta que ETFs podem ser inadequados para investidores com acesso a gestores de maior performance. Ele aponta a concentração em commodities e bancos no Ibovespa como uma limitação dos ETFs no Brasil.

Alexandre Rezende, sócio-fundador da Oceana Investimentos, afirmou que nem todo investidor deve incluir um ETF em sua carteira. Ele enfatizou que os ETFs são soluções acessíveis para investidores pouco sofisticados, mas para aqueles com acesso a gestores que superam índices, não são a melhor opção.

Durante o TAG Summit na quarta-feira (7), Rezende comentou que os ETFs se popularizaram no Brasil, refletindo uma tendência global, com patrimônio de R$ 55,47 bilhões em março, sendo R$ 32 bilhões oriundos de investidores institucionais.

O volume de negócios mensal ficou estável em R$ 1,5 bilhão. O ETF BOVA11, que replica o desempenho do Ibovespa, é um dos principais da bolsa.

A avaliação de Rezende sobre os ETFs de renda variável é crítica; ele observou que muitos estão concentrados em ações de commodities e bancos, que representam quase 40% do Ibovespa, embora tenham uma participação menor na economia brasileira, resultando em excessiva concentração.

Para ele, os ETFs se tornariam mais atraentes se o Ibovespa estivesse mais equilibrado, influenciando positivamente a relação com a economia do país.

Rezende também destacou que, nos EUA, a popularidade dos ETFs torna mais difícil superar os índices. Ele explicou que o aumento de dinheiro nos ETFs fortalece a compra das mesmas ações, o que pode gerar um ciclo de reforço positivo.

Ele comparou essa situação a uma dança das cadeiras: enquanto a música toca, todos estão contentes, mas quando para, não haverá lugar para todos.

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