Dinamo pede maior clareza para regulação de controles tecnológicos de chaves privadas em cripto
Executivo da Dinamo Networks destaca a importância de responsabilização das empresas de criptografia na regulamentação do Banco Central. Ele argumenta que a segurança das carteiras digitais deve ser uma prioridade devido à natureza das chaves de acesso.
Banco Central deve abordar a responsabilidade das empresas que atuam com tecnologia de criptografia em sua futura regulamentação para o setor de criptomoedas.
A opinião é de Jean Michel Guillot, executivo da Dinamo Networks, especializada em segurança digital.
Guillot ressalta a necessidade de reconhecer a mudança de paradigma trazida pela blockchain: a chave de acesso à carteira é, na verdade, o dinheiro. Portanto, quem tem acesso à chave deve ser responsável pela segurança, não só o custodiante.
Ele questiona: “Se um agente é capaz de bloquear saldos, ele não deveria ter requisitos de responsabilização?” Essa questão foi levantada durante a consulta pública nº 109 do BC, sobre prestadoras de serviços de ativos virtuais (PSAVs).
A Dinamo argumenta que a contratação de um subcustodiante não elimina a responsabilidade do custodiante frente ao cliente.
Guillot fez suas declarações em um painel no Blockchain Rio, ao lado de Jorge Borges, da Fireblocks. Borges elogiou o BC por seus esforços em estabelecer uma “nota de corte” para requisitos regulatórios que busquem proteger os brasileiros.
Ele destaca que as empresas devem seguir regras de prevenção à lavagem de dinheiro e combate ao financiamento do terrorismo. É necessário estabelecer parâmetros, e as empresas devem se adequar.