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Dino vê 'sequestro da economia' por Bolsonaro para pressionar STF e vota por manter tornozeleira

Ministro Flávio Dino argumenta que ações de Jair Bolsonaro configuram coação inédita ao Judiciário, com risco de fuga e continuidade de delitos. A decisão sobre as medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, será analisada pela Primeira Turma do STF até a próxima segunda-feira.

Ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou para manter medidas cautelares ao ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo uso de tornozeleira eletrônica.

Dino acompanhou a decisão do relator Alexandre de Moraes e destacou que as ações de Bolsonaro configuram uma coação inédita ao Judiciário.

O ministro afirmou que Bolsonaro teria articulado com autoridades dos EUA para impor sanções ao Brasil, visando interferir nas investigações do STF. Ele descreveu essa situação como um "sequestro" da economia e um caso “absolutamente esdrúxulo” que merece estudo acadêmico.

Dino apontou também a possibilidade concreta de fuga de Bolsonaro, devido ao seu “estreito relacionamento” com governos estrangeiros, alertando para o perigo de continuidade delitiva.

A Primeira Turma do STF analisa a manutenção das medidas cautelares, que foram propostas por Moraes após investigações da Polícia Federal sobre a atuação de Bolsonaro e seu filho, Eduardo, em busca de sanções contra agentes públicos brasileiros.

A análise no plenário virtual segue até segunda-feira às 23h59, com participação dos ministros: Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia.

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