Direita chega como favorita às eleições legislativas antecipadas em Portugal
Eleições em Portugal marcam um novo capítulo político, com a direita de Luis Montenegro buscando recuperar a estabilidade no Parlamento. As pesquisas indicam um acirrado embate entre a Aliança Democrática e o Partido Socialista, enquanto a imigração se torna um tema central da campanha.
Portugueses vão às urnas no domingo, 18, para eleger um novo Parlamento pela terceira vez em três anos.
As pesquisas favorecem a direita moderada de Luis Montenegro, ex-primeiro-ministro demissionário, que perdeu o cargo devido a suspeitas de conflito de interesses.
Após um fracasso em moção de confiança, Montenegro optou por eleições antecipadas para garantir sua sobrevivência política, segundo o cientista político Antonio Costa Pinto.
A Aliança Democrática (AD) de Montenegro lidera com 32% das intenções de voto, seguida pelo Partido Socialista (PS) com 26,7% e pelo partido Chega com 17,9%.
Durante a campanha, Montenegro reafirmou sua recusa em governar com a extrema direita. Algumas pesquisas indicam que ele poderia formar uma maioria estável com o partido Iniciativa Liberal, que tem 6,3% das intenções de votos.
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já alertou que não nomeará um governo sem apoio parlamentar.
O socialista Pedro Nuno Santos critica Montenegro como o principal fator de instabilidade política.
Embora a questão do conflito de interesses não seja percebida como corrupção evidente, a política migratória tem ganhado destaque na campanha, com o governo anunciando a expulsão de 18.000 imigrantes irregulares.
Montenegro espera ter ganhos com o aumento de aposentadorias e salários, além da endurecimento da política migratória, que quadruplicou a população estrangeira desde 2017.
A imigração foi um tema forte na campanha, potencialmente beneficiando a Aliança Democrática e reduzindo a capacidade de Chega de se apropriar do tema.