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Direita dá sinais de estagnação em Portugal após ascensão meteórica

Eleitores portugueses se preparam para um pleito decisivo que pode consolidar a centro-direita no governo. Pesquisas mostram competição acirrada entre socialistas e a atual coligação do premiê Luís Montenegro.

Portugal realiza eleições legislativas neste domingo (18.mai.2025) após um ano desde a última votação. Pesquisas apontam vitória da centro-direita, com os socialistas em segundo lugar e o Chega como a 3ª força.

O Chega, fundado em 2019 por André Ventura, teve uma trajetória de crescimento: 1,29% dos votos em 2019, 7,2% em 2022 e 18,1% em 2024, totalizando 50 cadeiras no Parlamento.

No entanto, as recentes pesquisas indicam 17% de intenções de voto, sugerindo que o Chega pode ter atingido seu teto eleitoral. A base de apoio parece estar consolidada, com 80% dos seus eleitores afirmando que não mudariam seus votos.

O isolamento do Chega na política portuguesa é evidenciado pelo fato do atual premiê Luís Montenegro ter declarado que não fará alianças com o partido, mesmo com a >Aliança Democrática dominando o Parlamento.

Essa situação se assemelha ao que ocorreu com partidos de direita como AfD na Alemanha e Vox na Espanha, que também enfrentam isolamento político.

As propostas do Chega incluem o fortalecimento da família, um combate à imigração ilegal e a promoção de uma cultura pró-vida. Ventura quer limitar o acesso ao aborto e criar um programa para acolher imigrantes ilegais.

Com um regime semipresidencialista, os portugueses votam em partidos, não em candidatos, e as questões econômicas, habitação e imigração dominam o debate eleitoral. O novo primeiro-ministro será indicado após as eleições, com possíveis negociações se não houver uma maioria clara.

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