Direita lidera eleição na Romênia e aliado de Trump vai ao 2º turno

George Simion, 38, líder do partido nacionalista AUR (Aliança para a Unidade dos Romenos), vai ao 2º turno das eleições presidenciais na Romênia, marcado para 18 de maio. Com 99,5% das urnas apuradas, Simion obteve 40,7% dos votos no 1º turno realizado em 4 de maio de 2025.

Na segunda posição, está o prefeito de Bucareste, Nicusor Dan (independente), com 20,96% dos votos. O candidato da coalizão governista (PSD-PNL), Crin Antonescu, ficou em 3º com 20,23%.

Simion substituiu Calin Georgescu, cuja candidatura foi barrada em março pelo Tribunal Constitucional. Georgescu havia vencido o 1º turno em novembro de 2024, mas o resultado foi anulado devido a suspeitas de interferência russa e irregularidades no processo eleitoral.

As alegações incluíam ciberataques e influência indevida de plataformas digitais como o TikTok. Documentos do Conselho de Segurança Nacional indicaram ações coordenadas por Moscou para favorecer Georgescu, que, apesar de ter apenas 5% nas pesquisas, obteve 22% dos votos, levantando suspeitas que culminaram na recontagem.

A anulação dos resultados foi validada inicialmente, mas contestada, levando à exclusão de Georgescu. Conhecido por sua aproximação com a Rússia e elogios a líderes fascistas dos anos 1930, sua saída beneficiou Simion na candidatura da AUR.

A eleição é monitorada por líderes europeus e norte-americanos. Uma vitória de Simion, alinhado à direita e próximo ao ex-presidente Donald Trump, poderá modificar a posição da Romênia na União Europeia e na OTAN, dado que o país faz fronteira com a Ucrânia.

A exclusão de Georgescu gerou críticas de políticos conservadores dos EUA. O vice-presidente norte-americano, J.D. Vance, acusou o governo romeno de minar a democracia com a anulação do resultado anterior.