Direita não terá argumento para vetar isenção do IR, diz Haddad
Haddad defende a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000, afirmando que é uma questão de justiça tributária. O ministro garante que a medida não implicará em aumento de carga tributária e compensará a perda de arrecadação dos governos locais.
Ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou que os congressistas de direita “não terão argumentos” para vetar o projeto de isenção do IRPF para renda até R$ 5.000, que deve ser aprovado pelo Legislativo.
Haddad declarou em entrevista que é difícil justificar a cobrança de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000. O governo não pretende “fazer uma maldade” ao implementar uma alíquota mínima de 10% para rendas anuais acima de R$ 600 mil, afetando 141,4 mil pessoas.
A proposta busca justiça tributária, sendo uma inovação no Brasil. Haddad ressaltou que o governo não aumentará impostos, mas sim cobrará de quem não paga, isentando quem atualmente paga em excesso.
Ele afirmou: “Não se trata de fazer bondade com 10 milhões de brasileiros... Os super ricos que pagam o imposto não são tocados pela medida.”
Haddad também rebateu preocupações sobre perda de arrecadação para estados e municípios, esclarecendo que a compensação será feita. A isenção poderá resultar em R$ 25 bilhões a menos por ano, mas a cobrança dos super ricos compensará essa perda.