Direita precisa fazer 'mea culpa' sobre atos do 8 de janeiro, diz ex-assessor de Bolsonaro
Fábio Wajngarten pede que a direita faça uma reflexão sobre os atos de vandalismo de 8 de janeiro, enfatizando a importância de condenar a invasão dos Três Poderes. Ele também defende um julgamento justo para os acusados e critica a aplicação das penas pelo STF.
Fábio Wajngarten, ex-assessor de Jair Bolsonaro, afirmou que a direita precisa fazer um "mea culpa" sobre os eventos de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram e depredaram sedes dos Três Poderes.
Wajngarten declarou que os atos não constituíram uma tentativa de golpe, mas enfatizou a necessidade de condenar os responsáveis pela destruição de patrimônio público. Ele disse em entrevista à CNN Brasil: "A gente não tem que ter meias palavras para criticar quem invadiu, quem depredou."
O advogado, que não é réu na ação do STF sobre tentativa de golpe, foi convocado para depor na Polícia Federal sobre supostos contatos indevidos relacionados ao acordo de delação do tenente-coronel Mauro Cid, o que nega ter ocorrido.
Ele pediu que os acusados dos ataques recebam um julgamento justo e individualizado, criticando penas aplicadas pelo STF, como no caso de Débora Rodrigues dos Santos, condenada por múltiplos crimes após ser flagrada vandalizando uma estátua.
Bolsonaro, em depoimento ao STF, negou ter incentivado os atos do dia 8 e atribuiu as convocações para intervenção militar a "malucos".
Wajngarten também abordou o cenário eleitoral de 2026, afirmando que Bolsonaro deve ser o candidato da direita. Apesar da inelegibilidade do ex-presidente até 2030, Wajngarten declarou que sua ausência tornaria as eleições "não democráticas".
Ele defendeu a formação de uma "chapa pura" com o bolsonarismo ditando as regras, alertando que não deve ser "capturado" por outras ideologias.