Discutir anistia é 'uma afronta ao Judiciário', diz Gleisi Hoffmann
Gleisi Hoffmann critica urgência de anistia para condenados antes do trânsito em julgado e defende debate sereno no Congresso. Ela afirmou que a proposta fere a democracia e a autoridade do Supremo Tribunal Federal.
Gleisi Hoffmann, ministra de Relações Institucionais, criticou a discussão sobre anistia a condenados antes do trânsito em julgado, considerando-a uma afronta ao STF.
Ela se manifestou nas redes sociais durante a votação da urgência da anistia na Câmara dos Deputados, enfatizando que o Brasil precisa de pacificação.
Gleisi declarou: "Discutir anistia para quem tentou golpe de estado, antes mesmo do trânsito em julgado de sua condenação pelo STF, não é a agenda que interessa ao Brasil".
Embora reconheça a competência do Congresso para alterar a legislação penal, ela pediu um debate em "ambiente de serenidade, sem pressões".
A urgência do projeto de lei que prevê anistia foi aprovada na noite de quarta-feira, 17, com 311 votos a favor, 166 contra e 7 abstenções.
Alternativa à proposta de anistia:
- Um texto alternativo, liderado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, altera o Código Penal.
- Foca na diminuição das penas dos autores de ataques às instituições.
Lula sinaliza abertura: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vê problemas em propostas que preveem redução de penas para condenados pelos ataques do 8 de Janeiro e envolvidos de baixo escalão na trama golpista.
A fala de Lula ocorreu em um almoço no Palácio da Alvorada com parlamentares do PDT e outros ministros.