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Disparos do Exército israelense perto de centro de ajuda humanitária deixam mais de 50 mortos

Ataques em Gaza durante distribuição de ajuda humanitária deixam mortos e feridos. Situação crítica gera crescente preocupação das Nações Unidas e organizações internacionais sobre a segurança e o acesso à alimentação na região.

Conflito em Gaza: O Ministério da Saúde de Gaza, liderado pelo Hamas, anunciou que soldados israelenses mataram pelo menos 50 palestinos perto de um ponto de distribuição de ajuda humanitária em Rafah no dia 16 de outubro. O incidente deixou 200 feridos, segundo o Haaretz.

A CNN reportou que desde o final de maio, quando a Fundação Humanitária de Gaza (GHF) começou a operar, 300 pessoas foram mortas em diferentes episódios relacionados à distribuição de ajuda. O Exército de Israel justificou o uso da força, alegando desobediência a ordens e saídas das rotas designadas.

Ajuda humanitária foi suspensa por 11 semanas, mas, com a reabertura, as organizações dizem que a quantidade é insuficiente. Tom Fletcher, chefe humanitário da ONU, alertou sobre o risco de fome e maior caos em Gaza.

Somente um número restrito de agências da ONU e ONGs internacionais estão autorizadas a entregar ajuda, com itens limitados disponibilizados. Materiais essenciais como abrigo e saúde ainda são bloqueados.

A GHF, apoiada por EUA e Israel, foi criada sob alegações de que o Hamas estava desviando ajuda. Sua operação concentra pontos de distribuição em áreas seguras, mas obriga os palestinos a se deslocarem longas distâncias, expondo ainda mais pessoas vulneráveis.

Um morador de Gaza, Abu Mohammed, relatou que a situação é crítica: "O preço de um saco de farinha está 300 a 500 vezes mais caro do que antes".

No início do mês, outro ataque resultou na morte de 27 palestinos quando o Exército israelense disparou contra uma multidão em direção à GHF. Essa ação foi classificada pela ONU como um crime de guerra.

A ONU criticou a nova estratégia de distribuição, argumentando que aumenta o risco para civis e pode facilitar o deslocamento forçado da população do norte de Gaza.

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