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Disputa histórica entre Brasil e EUA sobre algodão é roteiro de retaliação contra Trump

Governo Lula considera retaliações rápidas contra tarifas impostas por Trump, utilizando experiência passada na OMC como referência. Projeto de lei em tramitação no Congresso visa garantir flexibilidade nas respostas comerciais do Brasil.

Brasil poderá retaliar EUA por sobretaxa de 10% sobre importações após anúncio de Trump em 2 de outubro.

A medida afeta o Brasil, que já sofria tarifas em setores como aço, alumínio e autopeças.

A gestão de Lula observa uma disputa anterior na OMC sobre algodão como um possível modelo de resposta. O Brasil contestou, no início dos anos 2000, os subsídios dos EUA a exportadores de algodão, alegando que prejudicava seus agricultores.

A OMC deu ganho de causa ao Brasil, mas os EUA resistiram. Isso levou o Brasil a pedir permissão para retaliar, obtendo consentimento da OMC.

A disputa se estendeu até 2014, finalizada com um acordo que compensou o Brasil em US$ 300 milhões.

A Camex publicou uma lista de setores que poderiam ser retaliados, incluindo patentes de medicamentos e produtos químicos.

A ameaça de retaliação foi considerada eficaz, especialmente no setor audiovisual, para convencer os EUA a negociar.

A opção por retaliação cruzada é vista como adequada para evitar riscos à economia brasileira e mais efetiva dado o superávit dos EUA em propriedade intelectual.

O governo Lula afirma que explorará todas as opções antes de decidir pela retaliação. O país considera um gesto simbólico recorrer à OMC, apesar de sua paralisia atual.

Um novo projeto de lei em discussão no Congresso permitirá medidas retaliatórias rápidas sem espera por julgamento da OMC.

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