Disputa pelo comando do PT mira também comunicação interna
Disputas internas no PT podem complicar futuro do partido, com áreas divergentes focadas no controle da tesouraria e comunicação. Edinho Silva enfrenta resistência dentro do próprio grupo majoritário, em meio a negociações acirradas para a eleição interna de julho.
Disputa interna no PT: O grupo CNB, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva, enfrenta conflitos por cargos na direção do partido. A eleição interna ocorrerá em 6 de julho, com 1,3 milhão de filiados.
Há resistência ao nome eleito por Lula, Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP). Alguns membros aceitam sua candidatura, mas querem controlar a tesouraria e a comunicação do partido.
A polêmica começou quando Edinho buscou a presidência do PT de “porteira fechada”, ou seja, com autonomia para definir secretários. A ala ligada a Gleisi Hoffmann reagiu a essa intenção, formando um movimento de oposição.
Gleisi comandou o partido de 2017 a 2025 e agora é secretária de Relações Institucionais. Seu sucessor, Humberto Costa, é interino.
A candidatura de Edinho, potencial presidente em 2024, provocou descontentamento na ala esquerda, que critica suas alianças ao centro e defende que o PT não seja uma extensão do governo.
O grupo majoritário, incluindo nomes como Jilmar Tatto e Washington Quaquá, busca manter o controle da tesouraria e da comunicação, essenciais para o acesso ao caixa de R$ 140 milhões só do fundo partidário em 2025.
Enquanto alguns tentam promover nomes como Rui Falcão, o grupo resistente a Edinho pode aceitá-lo, desde que conquiste a tesouraria e a comunicação. Contudo, Edinho resiste em ceder essas áreas.
Aliados de Lula desejam uma definição até abril, buscando evitar divisões que possam prejudicar o partido nas eleições.