Disputa por comissões na Câmara acirra embate entre PT e PL na casa
Líderes partidários se reúnem para definir a divisão das comissões na Câmara, em meio a disputas acirradas e resistência do PT à indicação de Eduardo Bolsonaro. A eleição dos novos presidentes dos colegiados mais estratégicos continua em negociação, refletindo a configuração de poder entre as bancadas.
Disputa pelas comissões na Câmara dos Deputados movimenta os principais partidos e gera impasse nas negociações.
O presidente, Hugo Motta (Republicanos-PB), convocou uma reunião com líderes nesta quinta-feira, 13, para definir a divisão das comissões de acordo com o tamanho das bancadas.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Creden) estão entre as mais disputadas.
- CCJ: Acordo anterior de Arthur Lira (PP-AL) previa que deveria ser do União Brasil ou do MDB em 2025.
- MDB abre mão da CCJ para ficar com a relatoria do Orçamento de 2026.
- PL e PP tentam desbancar o acordo anterior, sendo que o PL quer manter o controle por ter a maior bancada (92 deputados).
A indicação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para a Comissão de Relações Exteriores enfrenta resistência do PT, que promete "resistir de todas as formas" por considerá-lo uma ameaça aos interesses nacionais.
Lindbergh Farias (PT-RJ) solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) a apreensão do passaporte de Eduardo e uma investigação sobre suas ações.
O PL possui um "plano B" para indicar Luiz Philippe de Orleans e Bragança (SP) caso a resistência à indicação de Eduardo prospere.
Além disso, o PL busca comandar a Comissão de Saúde, onde o PT atualmente está no controle.
União Brasil e Republicanos também visam a Comissão de Fiscalização e Controle, enquanto o PSD deseja comando na Comissão de Minas e Energia.
A definição dos presidentes das comissões está prevista para acontecer nos próximos dias. Hugo Motta declarou que está em diálogo com os partidos para compor as comissões permanentes.