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Disseminação de derivativo não regulado preocupa o mercado e a CVM

CVM alerta investidores sobre riscos altos de plataformas de CFDs irregulares no Brasil. A autarquia destaca que todas as ofertas desse tipo são ilegais e podem resultar em perdas financeiras significativas.

Investimentos Arriscados em CFD Preocupam CVM

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Brasil está preocupada com o crescimento de plataformas que oferecem Contratos por Diferença (CFDs), produtos financeiros não regulamentados que prometem altos retornos.

Somente este ano, a CVM interrompeu ofertas de oito plataformas irregulares, totalizando 127 empresas suspensas na última década. Os CFDs se assemelham a ações, criptomoedas e outros ativos, mas na verdade são apostas sobre a variação de preços.

Características dos CFDs:

  • O investidor não compra o ativo, mas sim o derivativo.
  • A margem: é possível começar a operar com apenas uma fração do valor total.
  • Riscos: perdas podem ser superiores ao investimento inicial.

A CVM alerta que essas operações são especulativas e podem resultar em perdas severas. Atualmente, todas as ofertas de CFD são consideradas irregulares no Brasil.

Problemas associados a essas plataformas incluem:

  • Falta de autorização: Não há corretoras registradas para CFDs.
  • Risco de golpes: Investidores ficam desamparados em caso de prejuízos.
  • Regulação fraca: Muitas plataformas operam em jurisdições com menor supervisão.

A CVM também investiga a participação de influenciadores digitais que promovem essas plataformas, frequentemente sem a devida transparência. Além disso, riscos de lavagem de dinheiro e conflitos de interesse com instituições financeiras brasileiras preocupam a autarquia.

O investimento em CFDs concorre deslealmente com produtos regulamentados, levando a Associação Nacional das Corretoras de Valores (Ancord) a se manifestar sobre o tema.

Henrique Castro, professor da FGV, recomenda que investidores desconfie de promessas de retorno garantido e solicitam ações da CVM e do Banco Central para coibir movimentações financeiras para tais plataformas.

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