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Dissidentes das Farc matam 11 militares em emboscada no Equador, diz governo

Equador enfrenta crescente violência do narcotráfico, com ataque a militares destacando a instabilidade na região. O governo reafirma compromisso em buscar justiça e neutralizar grupos criminosos responsáveis.

Presidente do Equador, Daniel Noboa, decreta três dias de luto nacional neste sábado (10) pelas mortes de 11 militares em emboscada de grupo dissidente das Farc na Amazônia equatoriana.

Os soldados estavam em operações contra o garimpo ilegal quando foram atacados com "explosivos, granadas e fuzis" na região de Alto Punino, próximo ao Peru. Um soldado ficou ferido e um membro do grupo também morreu.

Noboa anunciou a medida como homenagem aos soldados, declarando-os heróis nacionais, e afirmou que o crime "não ficará impune". O luto se estenderá até segunda-feira (12).

O ataque ilustra o aumento da violência relacionada a narcotráfico e garimpo ilegal na região. Os Comandos da Fronteira, responsáveis pelo ataque, estão em negociações com o governo colombiano, mas sem progresso rumo à paz.

A violência na região aumentou, com 1.300 homicídios contabilizados nos primeiros 50 dias de 2024. O ex-chefe de Inteligência do Exército, coronel Mario Pazmiño, afirmou que a área é um santuário do crime organizado.

A situação é complexa, com líderes de grupos armados, como Andrés Rojas dos Comandos da Fronteira, presos mas ainda atuantes no narcotráfico. Desde a desmobilização das Farc em 2017, a expansão de grupos dissidentes tem se acelerado.

Apesar dos esforços de paz do presidente colombiano Gustavo Petro, o conflito armado perdura. O governo tem dificuldade em garantir presença estatal na região e em conter a violência dos criminosos.

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