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Dívida pública bruta do Brasil sobe a 76,1% do PIB em maio, mostra BC

Dívida bruta do Brasil cresce em maio, refletindo a pressão dos juros e o impacto das contas públicas. O governo busca alternativas para atingir a meta fiscal de déficit zero diante das dificuldades financeiras.

Dívida bruta do Brasil alcançou 76,1% do PIB em maio, totalizando R$ 9,3 trilhões. Aumento de 0,2 ponto percentual em relação ao mês anterior, conforme dados do Banco Central.

A variação foi influenciada por gastos com juros, que pressionaram a dívida em 0,8 ponto percentual, mas o crescimento do PIB aliviou em 0,6 ponto percentual.

A dívida bruta, que inclui governo federal, INSS e governos estaduais e municipais, é um indicador crítico para investidores no que tange à saúde financeira do país. Seu crescimento é um foco de preocupação para o mercado.

Aumento da taxa Selic também impacta a dívida: cada 1 ponto percentual aumenta o endividamento em R$ 51,7 bilhões (0,42 ponto percentual do PIB). Em junho, a Selic subiu para 15%, maior nível desde julho de 2006.

Segundo o FMI, a dívida bruta do Brasil foi de 88,4% do PIB em maio, levemente inferior a 88,6% do mês anterior.

A dívida líquida, descontando ativos do governo, chegou a 62% do PIB em maio, com um saldo de R$ 7,5 trilhões.

Em maio, o setor público consolidado brasileiro teve um déficit primário de R$ 33,7 bilhões, melhor que os R$ 63,9 bilhões do ano passado. O governo central registrou um déficit de R$ 37,4 bilhões.

O governo de Lula persegue uma meta de déficit zero, permitindo um resultado negativo de até R$ 31 bilhões. Para isso, congelou R$ 31,3 bilhões em despesas e tentou aumentar o IOF, mas enfrenta resistência do Congresso, que suspendeu a elevação.

Alternativas em avaliação pelo governo incluem recorrer à Justiça, buscar novas receitas ou realizar novos cortes no orçamento, conforme explica o ministro Fernando Haddad.

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