Dívida pública federal sobe 3,30% em fevereiro, para R$ 7,492 tri, diz Tesouro
Dívida pública federal registra aumento significativo em fevereiro, impulsionada por juros e emissões de títulos. O Tesouro Nacional observa impacto das incertezas geopolíticas e ajuste na taxa Selic.
Dívida pública federal cresceu 3,30% em fevereiro, totalizando R$7,492 trilhões, segundo o Tesouro Nacional.
A dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) alcançou R$7,178 trilhões, com aumento de 3,26%. A dívida pública federal externa (DPFe) chegou a R$314 bilhões, subindo 4,15%.
Fatores que contribuíram para a elevação:
- Emissão líquida de R$165,7 bilhões
- Incorporação de juros de R$73,7 bilhões
Em fevereiro, houve uma elevação nos juros futuros no Brasil devido a incertezas geopolíticas e expectativas sobre a taxa Selic.
O custo médio da dívida acumulada em 12 meses subiu de 11,40% para 11,57% ao ano.
Além disso, o custo médio das novas emissões de títulos internos aumentou de 11,36% para 11,92% ao ano, refletindo o aperto monetário.
A taxa básica de juros foi elevada pelo Banco Central em 1 ponto percentual, alcançando 14,25% ao ano.
O prazo médio do estoque da dívida caiu de 4,11 anos para 4,08 anos.
A reserva de liquidez aumentou de R$744 bilhões para R$889 bilhões, suficiente para 6,66 meses de vencimentos de títulos.
Para março, as incertezas sobre a política tarifária dos EUA e a previsão de cortes de juros pelo Fed afetaram países emergentes, aumentando prêmios de risco.
Os juros futuros no Brasil apresentaram queda em março, fruto da reprecificação relacionada à taxa Selic.